não é pra ninguém ouvir,
é só um tiro no lado escuro da parede,
aquele lado onde o sol não alcança,
onde tá frio e sujo, onde não tem prece
ele estava lá, todo esquecido,
e sem o alcance das prórprias mãos
o fim previsto, nunca é o fim de fato
de farto não existe mais nada aqui
construindo trilhos, sobre um teto de vidro
deixe-o esquecer e respirar o ar que cerca-o
e que normais são aqueles vegetam numa redoma
eu preciso sim gritar e esquartejar a minha voz
um tiro no escuro nos fere mais do que qualquer coisa
o que eu preciso, é de um fogo compartilhado
o que eu espero, uma sentença pra cumprir e libertar
o fim, de fato, é como fumaça, apena sobe... e some.
o fogo, a calma, são lâminas a seu favor, ou contra
eu escolho sangrar, até virar pó,
e se fazer acontecer, a promessa de um Rei
carne, sangue, fogo e pó!
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