sexta-feira, 8 de outubro de 2010

olha só o que eu achei


desafio minha juventude, não perder tempo
acreditar no meu poder, querer o seu alento
manter-me estável, não é querer estar atento
podem levar o que quiser de mim, menos meu talento

eu dedilho notas pelo ar, escrevo sua canção
eu perco meu ar, mas jamais a minha visão
a saudade de voar, de perder o meu chão
o tempo leva meu amor, mas não meu coração

longa distância entre o peito e a minha mão
tocando uma carta linda, que termina com 'não'.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

pode chover


não sei até que ponto é justo você viver em cima de uma mentira confortável, nesse mundo louco que te deixa sem saídas o tempo todo. se você não tem o que você sonha de verdade, você inventa, reinventa uma felicidade plástica que te deixa perto do que você gostaria de ter, só pra ser um pouco mais feliz do que realmente gostaria de estar. as coisas não são tão simples quando você não sabe onde está, nem tão pouco sabe aonde quer chegar de verdade, viver os conselhos já não é tão satisfatório como antes, a alegria instantânea não te satisfaz. eu quero estar em paz e não bater de frente com nada nem ninguém. mas eu sei, além de escutar, eu preciso sentir e acreditar, não, não é impossível um louco saber que vai ser feliz, é ter fé no que se acredita e deixar sua força fazer o resto. eu quero você como você precisa de ar, quero viver esse momento e esperar por você. precisamos lutar todos os dias por aquilo que queremos. saudade é tão complexo como escrever isto pensando em você, numa espera longa e dolorosa, segundos são mais do que posso suportar, mas desistir não está nos planos de quem sente algo verdadeiro, e arriscar novamente nunca foi tão complicado, mas nunca foi tão verdadeiro. ficar sóbreo é tão arriscado como ficar esperando você voltar, chegar e me dizer que me quer, faz tão pouco tempo e já te quero tanto assim. quais as cores das paredes do teu céu, eu tatuo no meu peito o valor que te representar, porque te quero, e vou esperar, sim, vou esperar...

segunda-feira, 5 de julho de 2010

skysea.



não consigo enxergar nada que vá além das fronteiras azuis do céu, não consigo fazer com que minhas asas me coloquem mais perto do que quero ver. a calçada de pedras verdes me fazem pensar no quanto o que vemos é insignificante, não enxergamos nada além de formas e cores, as mais variadas possíveis sim, mas ainda assim formas e cores. mas temos um poder absurdo em nossos corpos, que aprendi a usá-lo, mas precisei ter as asas que tanto sonhei, pra enxergar que necessariamente eu não precisava delas, e que a minha visão, não era simplesmente abrir os olhos. entender que pra enxergar mesmo, eu precisa estar mesmo de olhos fechados e enxergar as coisas que eu realmente queria e acreditava que existiam, foi quando encontrei motivos e uma razão absoluta para o que sinto, e que com os olhos fechados, posso enxergar o que não tem forma, o que não é palpável, e sim, que é abstrato, porém fácil de entender. percebi que o azul do céu, nada mais é do que azul, nada mais é do que o céu. mas quando me pego e percebo tudo o que conquistei, tudo que aprendi a enxergar, tudo que aprendi a amar, percebo que estou no azul do mar, me afogando nas palavras e promessas que fazemos diariamente, me afogando nas inúmeras visões turvas, me perdendo nas vontades que meu coração me pede, não há nada mais importante, do que saber onde se quer chegar, saber como ir também é fundamental, mas saber o que se quer, mesmo que seja apenas ser feliz, já é um passo que você tem a seu favor, e que com toda certeza do mundo, esses teus olhos fechados não vão te deixar pra trás, você só precisa aceitar e acreditar que o poder está em suas mãos!

domingo, 4 de julho de 2010

em mim

meus segundos diários tem um pouco de você
vivo de amor e coragem, de música e poesia
e todo o caminho a cada linha me tiram daqui
e me levam pra perto do teu corpo solitário
se você me confessar, a gente pode se entender
prometo te tirar dessa insônia ilusória
e te conduzir pro lugar que você deveria estar
com você eu quero estar, ficar, aportar...

terça-feira, 22 de junho de 2010

chorar ás vezes se torna tão inevitável quanto fugir do frio...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

porto.


não era de fato, tarde pra aportar
que de volta á minha vida, você iria ancorar
como uma ilha deserta, me sinto inundar
com tua presença que me faz suspirar
não deu pra esquecer teu sorriso
brilhando com aquele vestido verde mar
e teu semblante perolado me fazendo sonhar
com a volta prometida que passei a acreditar

nada é tão simples
nem tão pequeno
pra que eu deixe passar
um sentimento tão grandde
tão belo e verdadeiro
que não nos faça esperar

eu, ansioso, saudoso e cá á te olhar
você, suspirando, esperando o tempo chegar
tempo em que as vidas se cruzam como o mar

e que não me sobram opções, como me deixar te amar...

sábado, 19 de junho de 2010

king of promise


não é pra ninguém ouvir,
é só um tiro no lado escuro da parede,
aquele lado onde o sol não alcança,
onde tá frio e sujo, onde não tem prece

ele estava lá, todo esquecido,
e sem o alcance das prórprias mãos
o fim previsto, nunca é o fim de fato
de farto não existe mais nada aqui
construindo trilhos, sobre um teto de vidro

deixe-o esquecer e respirar o ar que cerca-o
e que normais são aqueles vegetam numa redoma
eu preciso sim gritar e esquartejar a minha voz
um tiro no escuro nos fere mais do que qualquer coisa

o que eu preciso, é de um fogo compartilhado
o que eu espero, uma sentença pra cumprir e libertar

o fim, de fato, é como fumaça, apena sobe... e some.
o fogo, a calma, são lâminas a seu favor, ou contra
eu escolho sangrar, até virar pó,

e se fazer acontecer, a promessa de um Rei


carne, sangue, fogo e pó!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

não sou apenas mais um soldado


e onde estão nosso sonhos?
não foram deixados nos trilhos da ultima estação
nas manhas cedo acordados
pra um encontro não casual

eu não esqueci das tardes de sol
quando a farda pesada tomada de cansaço
e nunca fui apenas mais um soldado
eu fui simplesmente o unico

olhares, sem ao menos citar palavras
corações unidos em apenas suspiros
e onde tudo ficou? como desapareceu?
a duvida de estar no caminho certo?

a saudade é algo que não se cura
que simplesmente satisfaz a fome da alma
odio? amor? tudo vem de um só lugar
do coração partido, da falta que alguém faz

então não finja, não fuja
sinta e deixe acreditar.
acho que metade é tempo, e a outra metade, é sorte!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

autumn


red leaves blow in the wind
leaving home and everything it's known behind
barren branches wave goodbye
as the red leaves slowly die
every flower stares and watches
as the wind takes me away
before the sun shone upon me
now the wind takes me away
red leaves falling
through the branches
making their way to the ground
blowing by the flowers sleeping
no one knows the leaves are leaving

(haste the day - autumn)

sábado, 10 de abril de 2010

eclipse


o dia virou noite
noite sem lua, sem luz

meu sol foi embora,
e me deixou...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

era mais samba



é muita água vindo do mar
porque não sinto mais
o ritmo do teu coração
em tempo que não temos paz
não se ouve mais teu refrão
pega a viola e esquece o violão
desce logo dessa nuvem
coloca os teus pés no chão
me perco de novo nas curvas da vida
e nessas notas que tocam meu ar
vejo teu ensaio, a batida começar
faço de poeta uma roda pra dançar
e relembro de quando o samba era nosso
vinha sem aviso como nota pra tocar
tudo sempre foi mais samba
mais bossa pra louvar

mais ciranda, mais roda
muito mais o teu olhar...

terça-feira, 6 de abril de 2010

trago



uma vontade de bossa-nova
um sonho de samba pra dançar
uma noite boemia pra viver
e uma cama quente pra deitar

me pego com coisas pra pensar

pensar que eu fui feliz
"lembranças de um tempo bom
de quando a gente se amava em paz"
aquilo que já não dava mais
hoje é voce quem traz
mas "é o tempo quem vai dizer"

então que seja pra mim
se a vida que quis assim

um trago de maria rita
e um gole de seu (santo) jorge
pra me colocar no lugar
o que me falta entender
é o que me falta fazer

"não dá pra mim
eu vou voar
melhor assim"

voar, voar e voar...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

canto



o que nós devemos esperar...

quando a paciência já não cabe no peito
e quando aquela sensação do sangue acelerando nas tuas veias
e uma vontade súbita e violenta de gritar
você transgride todas os seus limites
não consigo caminhar sozinho, não dá pra caminhar
agora me diz, ficar parado?
porra nenhuma, eu quero correr e me quebrar
me quebrar no que parar à minha frente
eu só quero tirar o meu da reta
quero correr atrás do que eu acredito
um grito? talvez!
ficar parado e esperar passar? jamais!
pra conviver tem que segurar, tem que aguentar
viver não é uma aventura? então que assim seja
só não me peça pra parar, pra esquecer
de egoísta eu não tenho nada
mas pode acreditar, se me ferir, não vou deixar passar
não vou te dar a outra face, apenas tente me acertar
enquanto eu mesmo me acerto e me levanto todo dia
sou severo demais? sou, e daí? quem não quer ser feliz

eu só quero ser feliz, e mais nada!


listening: farewell to freeway - the last thing i'll ever say