terça-feira, 11 de novembro de 2008

sobre telhas.


debaixo de gotas geladas
vejo um futuro passar
repetidas vezes, cansadas
um final com você
ouço o vento cantar
com notas ultrapassadas
vou me sacrificar

uma cela
mente eterna
e meu cuidado especial?
meu tempo, meu medo
vou me sacrificar

aqui, minha companhia
nesse abrigo
construído contigo
faixas escuras me acompanham
e me fazem dormir
enquanto meus pesadelos não posso evitar
vou me sacrificar

um rico obscuro
sorrisos nos lábios
sem brilho, sem futuro
santa liberdade que eu quis
que não quero mais
que não tenho mais
devo correr atrás?
vou me sacrificar

quanto eu quero pra ficar?!
um preço alto a se pagar
eu sinto, e minto
pros espelho a minha volta
vou me sacrificar

maio, outubro
que diferença faz
intenso demais pra suportar
e ver tudo ficar lá atrás
faces e gritos, risos e mitos
sou mais um mito, uma lenda
e heróis não ficam pra contar
vou me sacrificar

o telhado não tem mais as respostas.

Um comentário:

Jéssika Atademos disse...

"eu sinto, e minto
pros espelhos a minha volta"


FODA!