quarta-feira, 19 de novembro de 2008

por fim.


porque acanhar meu sonho
se já tenho asas pra voar
seu sorriso
meu fruto, meu tudo
explode em meu corpo
um frasco de veneno
aberto como minhas asas
pronto pra cumprir
ao que lhe foi prometido
o meu abismo
meu leviatã
insano, de mente sã
em vão, não são
meus passos
gastos, castos
saltados estão meus limites
um ponto, uma gota
sua lágrima, meu sangue
não me deixe
me queira, não durma
fique
e me salve um pouco mais
só por hoje
do amanhã, a morte se contentará.

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