em dias de luzes reluzentes à minha janela
quase que enfeitando uma mente obscura
obcecado por sucesso emocional
há dias frios e com chuva fina e gelada
que não passam de lágrimas e mais nada
a ponta em papel não mais me satisfaz
exausto do tempo, de correr atrás
realmente eles tem razão
não sei medir meu medo
meu tempo e as batidas do coração
meu andar por ruas abandonadas por deus
de corpos cremados num calor ateu
quero menos luzes a me ofuscar
mais brilho nos dentes a se mostrar
e uma força maior pra me levar
me leve daqui, e que eu não volte mais
pra sentir essa repulsa no espelho
de uma luz que não se acende jamais
vou em busca do meu pequeno sonho
sonho de sobreviver
sem crer, sem poder, e assim, envelhecer.